sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Biografias de Personalidades - BRÁS CUBAS



Nasceu na cidade do Porto, veio na armada de Martim Afonso de Sousa e era cavaleiro fidalgo da Casa Real.
Martim Afonso doou-lhe logo uma sesmaria nos campos de Piratininga em 10-10-1532. No ano seguinte ou pouco depois, Brás Cubas regressou com seu pai a Portugal, a fim de regularizar seus negócios.
Quando Martim Afonso de Sousa se ausentou de Portugal em viagens às Índias, sua esposa, dona Antônia Pimentel, ficou como sua procuradora. Foi ela que cedeu Brás Cubas as terras de Jeritiba, da capitania de São Vicente, de quem Martim Afonso de Sousa era donatário; não foi feliz, apesar de várias tentativas para povoar as terras, pois os índios ferozes não consentiram. Comprou então as terras pertencentes ao governo genovês Pascoal Fernandes e as de Domingos Pires, e ai fundou, em 1540, uma casa de Misericórdia, considerada a primeira do Brasil e junto a ela um hospital para marítimos, com o nome de Santos. Daí originou-se o povoado do Pôrto de Santos que Brás Cubas elevou à categoria de vila em 19 de janeiro de 1545, logo depois de assumir o cargo de capitão-mor, governador da capitania de São Vicente. Foi nomeado para tal cargo por dona Ana Pimentel em provisão datada de Lisboa a 26 de novembro de 1544.
O governo de Brás Cubas se distinguiu principalmente pela luta com os tamoios, que atacavam Santos e São Vicente pela entrada de Bertioga.
Dessa luta resultou a criação na Bertioga de dois fortes, os de S. Felipe e Santiago.
Voltando a Portugal pouco demorou-se aí, regressando novamente a São Vicente, onde continuou como governador da capitania. Foi então que começou a edificação da Vila de Santos, exercendo outros importantes cargos: provedor e contador das renas e direitos da Capitania, provedor e contador das rendas da capelas, confrarias e albergarias de São Vicente e provedor da capitania de Santo Amaro.
Em 1561, Brás Cubas estabeleceu uma fazenda de criar e de plantio em suas terras em Jeritiba, nas terras a que pertencem hoje a Mogi das Cruzes.
Brás Cubas por essa época chefia uma bandeira no sertão, descendo pelo rio Paraíba e atravessando a Mantiqueira chega ao rio São Francisco. Sabe-se que Brás Cubas chegou a descobrir ouro e assegurava ao rei de Portugal, em 1562, que havia descoberto metais preciosos no morro Jaraguá e em outras regiões. Foi, portanto, ele o primeiro minerador oficial de ouro em São Paulo.
Brás Cubas, além de ativo agricultor e notável administrador, teve excelentes qualidades de guerreiro, tendo figurado na defesa de São Paulo, de Pernambuco, no assalto dos selvícolas de 1562, fornecendo também os gêneros necessários à população assediada. Combateu para a fundação do Rio de janeiro, em 1567 e os seus feitos foram recompensados, pois recebeu como prêmio três sesmarias, duas no Rio de Janeiro e a terceira perto da ilha de São Sebastião.
Profundamente crente, além de outras obras de piedade, doou em Santos o terreno para uma casa de jesuítas, em 1569, e em São Paulo doou as terras onde, em 1594, se ergueu o convento do Carmo.
Nos últimos anos de sua vida acumulou ainda, o cargo de alcaide-mor da capitania e veio a falecer em Santos, sendo sepultado na capela-mor da primitiva igreja paroquial onde a lápide que cobria seu jazigo fixava o ano de 1592 para o seu passamento.
Brás Cubas deixou três filhos: Isabel Cubas, Antonio Cubas e Gonçalo Nunes Cubas.

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